Estar careca é um estilo!


No universo masculino, ser ou se tornar careca sempre foi encarado como um pesadelo. Para muitos, um pequeno avanço das entradas sobre o couro cabeludo já era suficiente para fazer soar o alarme. Alguns, na tentativa de esconder a ausência de cabelos, recorriam a perucas e implantes que deixavam os cabelos como os de boneca e só faziam chamar mais a atenção para o problema.

Hoje as coisas mudaram, mas não porque a calvície deu alguma trégua. Segundo dados da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo, 42 milhões de homens, ou mais da metade da população masculina brasileira, são calvos. E a novidade é que um número cada vez maior de homens vem exibindo com orgulho a cabeça careca.

Saiba mais sobre a historia da calvicie

Arqueologistas descobriram em papiros egípcios, como os de Ebers e Hearst fórmulas datadas de 4000 a.C. para combater a calvície. Dentre elas, três se destacavam. A primeira consistia em cozinhar pata de cachorro com casco de asno e fazer uma mistura com óleo. A segunda preconizava uma mistura de partes iguais de gordura de leão, hipopótamo, crocodilo, ganso, cobra e cabrito montês e, finalmente, a terceira usava dente de asno triturado em óleo. Estas fórmulas eram usadas friccionando diretamente no couro cabeludo. Cleópatra não gostava da calvície de Júlio César, e o obrigava a usar fórmulas à base de rato doméstico cozido, dente de cavalo, gordura de urso e medula de cervo. O egípcio Hakiem-El-Demagh, considerado o primeiro especialista em doenças do couro cabeludo, idealizou várias fórmulas para a AA e o próprio Hipócrates, em seu respectivo tempo, receitava para quadros iniciais massagens de láudano com óleo de rosa, de linho ou de oliva verde. Em casos mais avançados prescrevia cataplasma à base de cominho, fezes de pombo, alho socado e urtiga. Por toda a idade média vários medicamentos foram sugeridos, inclusive urina de cachorro, poções dos mais variados animais, infusões de inúmeros vegetais e até rituais de exorcismo. Porém, uma fórmula que se tornou muito famosa foi idealizada por volta do ano de 1600, e era feita de várias plantas medicinais, vinho, semente de rabanete, bago de uva, óleo de linhaça, trigo etc. Esta fórmula foi adotada, na época, pelo exército alemão, porém adicionaram saliva de cavalo como complemento. Enfim, em todos os tempos sempre houve preocupação com o tratamento da AA, obviamente as portas foram abertas para a exploração comercial e não deixaram de existir os aproveitadores, charlatões, curiosos e inúmeras outras modalidades de promessas de cura para a doença.

Estudos iniciais - Hipócrates em 460 a.C. observou que crianças e eunucos não desenvolviam AA. Estudos científicos sobre a doença tomaram impulso com os trabalhos de J. B. Hamilton, que no início da década de 40, mostrou que a AA não desenvolvia antes da puberdade, em eunucos e em pacientes que por um distúrbio hormonal qualquer não produziam a testosterona. Além do mais os pacientes sempre tinham um ancestral calvo. Daí concluiu que a AA é resultante da ação do hormônio masculino, a testosterona, em folículos pilosos geneticamente predispostos. Estudos bioquímicos mostraram que a testosterona, em nível de folículo piloso, sofre a ação de uma enzima redutora a 5-alfa-redutase que a transforma na deidrotestosterona, que teria uma ação ativa sobre o folículo piloso, provavelmente inibindo a adenilciclase com consequentes distúrbios metabólicos locais levando à AA.

Cuidado com os mitos

Verdades

Banhos e secadores muito quentes ajudam na queda de cabelo
Boné, aquece o cabelo causando o excesso de oleosidade, ajudando o cabelo a cair
Lavar a cabeça com água fria ajuda a não cair o cabelo
Fumar aumenta a queda de cabelo


Mentiras

Lavar a cabeça diariamente enfraquece os fios
Cortar regularmente o cabelo evita a queda
Dormir com o cabelo molhado faz cair o cabelo
Tomar sol no couro cabelodo
faz cair o cabelo
Raspar a cabeça faz engrossar os fios de cabelos


As reais causas:

Queda de cabelo genética:
Também conhecida como androgênica. Esta é uma pre-disposição genética em ambos homens e mulheres para perda de cabelo. Este tipo representa mais de 95% dos casos, incluindo a calvície no homem e o afinamento de cabelo nas mulheres. A alopécia androgênica ocorre em estágios ja previstos, e é progressiva. Isto significa que a perda de cabelo irá progredir do estágio inicial para estágios mais avançados. Todos nós sofremos de perda de cabelo. Quanto mais velhos vamos ficando, vamos ficando cada vez mais com menos cabelos. O que muda entre nós seres humanos é a velocidade da perda de cabelo. Alguns podem atingir estágios avançados de perda de cabelo antes que outros.


Alopécia Areata:
Esta é uma desordem do sistema imunológico que faz com que os foliculos parem de produzir cabelo. Sintomas comuns são subtas perdas de cabelos em partes específicas do couro cabeludo. Formas avançadas desta desordem podem levar a perda total de todo o cabelo da cabeça ou até de todos os pelos do corpo.

Puxando cabelos:
Este tipo é resultado de constantes trações dos fios de cabelo. Pode ser resultado de "trancinhas", escovação excessiva ou até uma mania da pessoa.

Radiação e/ou Produtos Químicos:
É a perda súbita de cabelos devido a radiação e/ou produtos químicos. Tratamento de câncer como quimoterapia ou radioterapia detém a fase de crescimento dos foliculos capilares, resultando em uma súbita perda de cabelo.

Medicamentos: Alguns medicamentos também podem causar a perda de cabelo.

Stress: O stress quando muito forte pode reduzir o crescimento de novos cabelos e suas subsequente quedas. O stress causa uma grande proporção de foliculos entrando no estágio de descanço, e alguns meses depois do evento estressante, começa-se uma queda acentuada de cabelo.

Fios Quebradiços: Isto ocorre quando parte do cabelo se quebra mas a parte final continua no folículo crescendo. Esta quebra resulta em afinamento dos fios e pode ser causada por produtos químicos, sol, cloro da piscina e escovação excessiva.

Deficiência Nutritiva: Deficiências nutritivas só causam perda de cabelo muito raramente.
Hormônio: Disfunções hormonais podem causar perda de cabelos.
Doenças Crônicas: Algumas doenças crônicas podem resultar em perda de cabelos.

Fonte: Revista Epoca
Imagem: www.sxc.hu
Estar careca é um estilo! Estar careca é um estilo! Reviewed by Taziane Araujo on 10/07/2006 Rating: 5

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